terça-feira, 21 de junho de 2011

Propriedades Anti-Carcinogênicas do Chá Verde





PROPRIEDADES ANTI-CARCINOGÊNICAS DO CHÁ VERDE

Artigo retirado da revista Life Extension(www.lef.org)
Edição do mês de Junho/1999
- Khafif A; Schantz SP, et al. Quantitation of chemopreventive synergism between epigallocatechin gallate and curcumin in normal, premalignant, and malignant oral epithelial cells. Carcinogenesis 1998;19:419-24
- Komori A, Yasunami J, et al. Anticarcinogenic activity of green tea polyphenols. Jpn J Clin Oncol 1993; 23:186-90
- Kuroda Y, Hara Y. Antimutagenic and anticarcinogenic activity of tea polyphenols. Mutat Res 1999; 436:69-97

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com

As taxas de câncer de seio, cólon, pele, pancreático, esofagiano e de estômago são bem inferiores entre os apreciadores de chá verde. Se aqueles que consomem mais de dez xícaras de chá verde num dia, adquirissem câncer, seria numa idade muito avançada, especialmente as mulheres. Igualmente, foi notado que os fumantes japoneses que consomem muito chá verde parecem desfrutar de proteção contra o câncer de pulmão. Na realidade, o japonês tem altas taxas de fumantes e a mais baixa taxa de câncer de pulmão no mundo industrializado.
Um recente estudo interessante comparou os efeitos da epigalocatequina galato, e da curcumina (um anticarcinogênico poderoso que compõe o tempero chamado curry) e a combinação de ambos em um modelo in vitro de câncer oral. Foi mostrado que a epigalocatequina galato ajudou a interromper o crescimento das células tumorais em uma fase diferente da curcumina. Quando as duas combinações eram conjugadas, a inibição do crescimento foi aumentada, reforçando a sugestão do efeito sinérgico.
Igualmente, um estudo que usa uma cultura de células humanas de câncer do pulmão achou que uma combinação de catequinas no lugar da epigalicatequina galato, só era mais efetiva para a apoptose (morte programada da célula) e o efeito era sinergisticamente mais forte quando as catequinas eram combinados com outros agentes anti-câncer como o tamoxifeno (antagonista da proteína kinase). Isto provê apoio adicional para o uso conjugado de agentes contra o câncer.

Os Fumantes podem causar danos ao DNA de várias células, inclusive os linfócitos. Um tipo de dano é o da troca da cromátide irmã (SCE). Foram achadas taxas de SCE elevadas em fumantes que não consumiam chá verde. Os fumantes que consumiram chá verde tiveram taxas de SCE comparável aos não-fumantes, apesar de seu consumo diário ser de somente 3 xícaras de chá. O Café não mostrou um efeito protetor.
Porém, um estudo animal mostrou que a cafeína é um agente de quimioprevenção importante para proteção de câncer do pulmão e o chá preto também tem algum efeito.
O Câncer de pele e os efeitos protetores das catequinas para a pele; foi um tema extensivamente estudado. A Radiação ultravioleta é conhecida por causar inflamação e imunosupressão e ao mesmo tempo torna a pele mais suscetível para o câncer. Doses altas de epigalocatequina galato e outras catequinas são particularmente efetivas prevenindo a inflamação e o câncer de pele, especialmente se empregado na forma tópica. A Epigalocatequina galato tópica mostrou reduzir a liberação de prostaglandinas inflamatórias (da série E2) que faz um papel crucial gerando os radicais livres, o crescimento e a promoção do tumor.

 Mecanismos anti-carcinogênicos:
As Catequinas do chá Verde estão entre as combinações fenólicas conhecidas por suprimir a formação de amina heterocíclica e das nitrosaminas, conhecidas por serem potentes agentes cancerígenos. As Nitrosaminas estão fortemente ligadas ao câncer cerebral e a leucemia. Tomando o chá verde com ou após as refeições que contém carne cozida a uma temperatura alta ou tratada com nitrito parece oferecer um grau de proteção.
Muitos outros carcinogênicos se mostram menos prejudiciais, graças à ação dos polifenóis do chá verde em induzir enzimas que desintoxicam várias combinações indesejáveis e inibindo essas enzimas que fariam esses carcinogênicos bioativos.

A Glucuronidação (conjugação com ácido glucurônico) é outro mecanismo de desintoxicação que é reforçado através das catequinas.
Ainda outro estudo sugeriu que os polifenóis do chá (inclusive as teaflavinas do chá preto) induzam a liberação de peróxico de hidrogênio como mecanismo de causar apoptose da célula com câncer. Polifenóis purificados são mais poderosos na indução da apoptose que o extrato de chá verde e do chá verde descafeinado.
Também foi postulado que as catequinas do chá verde inibem a ativação da Proteína C kinase, e interferem com a ligação de fatores de crescimento aos seus receptores. (No caso do câncer de seio, foi mostrado na realidade que as catequinas podem inibir a ligação de estrógeno a receptores de estrógeno.) Também foi mostrado que a Catequina inibe a liberação de tumor necrose fator alfa (TNF-alfa), uma citoquina altamente inflamatória, e do óxido nítrico sintetase, uma enzima necessária para a produção de óxido nítrico (o óxido nítrico tem um papel importante na inflamação e na carcinogênese).

Um estudo particularmente excitante feito no Cancer Chemotherapy Center em Tóquio, Japão, que usou culturas de células com leucemia e câncer de cólon, demonstrou forte e diretamente que a epigalocatequina galato inibe a telomerase. A Telomerase é uma enzima que imortaliza as células com câncer mantendo as porções finais dos cromossomos das células com tumor. Até mesmo na presença de concentrações não tóxicas de epigalocatequina galato, as células com câncer exibiram o telômero encurtado. Assim, a inibição da telomerase poderia ser um dos mecanismos anticarcinogênicos principais das catequinas.
O mais recente estudo, terminado na Purdue University e apresentado na reunião da Sociedade Americana de Biologia Celular em 1998, descobriu outro mecanismo principal. Os autores, marido e esposa Dorothy e James Morre, afirmam que o mecanismo principal de inibição do tumor do chá verde é a sua habilidade em interferir com a enzima quinol oxidase, geralmente chamada NOX. Esta enzima é requerida para o crescimento pelas células normais e malignas. Enquanto nas células normais a NOX é expressa somente quando a célula se divide, nas células com tumor a NOX se expressa a todo momento . A forma de tumor da enzima é chamada t-NOX ou NOX tumor-associado. Drogas que também inibem tNOX inibem crescimento de tumor.
Enquanto o chá preto e infusões de chá verde inibiram a tNOX em várias linhas de câncer, o chá verde pôde alcançar estes resultados a diluições muito maiores, enquanto indicando concentrações mais altas da combinação ativa ou combinações. Testando seletivamente para combinações ativas, concluíram os autores do estudo que a epigalocatequina galato era o agente ativo responsável para inibir a tNOX - enquanto poupando a NOX de células saudáveis. Dr. Dorothy Morre declarou, as células de câncer literalmente não cresceram ou aumentaram depois de sua divisão; na presença de epigalocatequina galato. Então, presumivelmente elas não alcançaram o tamanho mínimo necessário para se dividir, porque elas sofreram morte celular programada ou apoptose.
Enquanto a inibição da telomerase e da tNOX podem ser os mecanismos anticarcinogênicos principais dos polifenóis do chá verde, ou pelo menos dois muito importantes, há uma pequena dúvida: Qual seria a catequina do chá verde que age ao longo de vários caminhos diferentes e interagem com uma variedade de enzimas para produzir seus efeitos anti-câncer.

Também deveria ser notado que o chá verde abaixa glicose de soro e por conseguinte a insulina (isto será discutido em detalhes no segundo artigo em chá verde). Desde que insulina elevada é um fator de crescimento potente para muitos tipos de tumores, como também favorece a inflamação e ainda possui efeitos que estimulam hormônios imunosupressores; por isso abaixar os níveis de insulina iria ajudar a prevenir o câncer ou, em casos de câncer existente, reduzir a velocidade de seu crescimento.
Enquanto o chá verde, e possivelmente o chá preto, são uma grande promessa como agentes quimiopreventivos, existem muitas evidências agora que as combinações ativas do chá são uma terapia de ajuda efetiva para o tratamento do câncer, especialmente quando combinado com outros agentes anti-câncer naturais como a curcumina, ou com drogas convencionais como o tamoxifeno ou a quimioterapia. Finalmente, também pode ser usado o chá ou o extrato de chá verde para prevenção da recorrência e da metástase.


Precaução: Deve ser notado que as catequinas pertencem a uma vasta categoria das mesmas combinações bioativas conhecidas como catecóis, e eles têm o poder para danificar células a menos que eles sejam corretamente metilados. Quando megadoses de extrato de chá verde forem usadas, um cuidado importante deveria ser tomado para obter apoio nutricional para prover antioxidantes (vitaminas e minerais) suficientes e agentes metiladores, como por exemplo o Same ou a Betaína.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

D - Ribose: Energia Cardíaca e Muscular


D – RIBOSE: Uma Importante Ajuda na Recuperação da Energia Cardíaca e Muscular


 

Artigo retirado do livro - Revert Heart Disease Now

By Stephen T. Sinatra, MD

and James C. Roberts, MD.


 

Traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira CRN – 6141

reinaldonutri@gmail.com


 

Quando o Dr. Roberts ouviu sobre a D-Ribose, uma luz imediatamente acendeu em sua mente. Por algum tempo ele vem usando a L-Carnitina e a Coenzima Q10 em sua prática médica para aumentar a energia de corações doentes, mas nem a L-Carnitina como também a Coenzima Q10, conseguem recuperar a energia metabólica já depletada pela doença cardíaca. Ele achava que a D-Ribose poderia ser a solução.


 

Antes de testar este suplemento com seus pacientes, ele decidiu tentar primeiro em seu próprio corpo.

Como um maratonista, ele sabe da importância da recuperação energética.

A recuperação incompleta do ATP muscular causa muita dor e cansaço, sintomas que rotineiramente acompanham corredores de longa distância. Ele percebeu que ingerindo a D-Ribose antes e depois da corrida, eliminou com esse problema. A constante dor e o cansaço muscular que persistia por um, dois ou até três dias, desapareceu.


 

Ele não estava mais cansado após os dias de treino forte. Ele se convenceu!!

A Isquemia pode causar uma perda de 50% no total de ATP do músculo cardíaco.

Mesmo se o fluxo de sangue e oxigênio forem restaurados em níveis normais, teremos ainda que esperar dez dias para que o músculo cardíaco reconstrua seus níveis de energia celular, e normalize sua função diastólica.

Em estudos, quando animais privados de oxigênio recebem a D-Ribose, a recuperação da energia e da função diástolica retornam ao normal em uma média de dois dias.

Quando pacientes com doença arterial coronariana são tratados com a D-Ribose, os sintomas e o trabalho físico na esteira melhoram significativamente no período de uma semana.


 


 

Recomendações para o uso da D-Ribose:


 

A D-Ribose é absorvida fácil e rapidamente através do trato digestivo e na corrente sanguínea. Cerca de 97% fica retida no corpo.

Qual a quantidade de D-Ribose que você necessita?

Essa pergunta só pode ser respondida com outra pergunta:

Qual o seu objetivo com o uso da D-Ribose?

Os estudos demonstram que qualquer quantidade da D-Ribose que você forneça as células famintas por energia, darão a elas um aumento no nível de energia.


 

Na Universidade de Missouri, o pesquisador Ronald Terjung tem mostrado que, mesmo com quantidades pequenas (em torno de 500mg), ocorre um aumento da recuperação de energia muscular em mais de 100%.

Doses maiores aumentam a produção de compostos energéticos entre 340 e 430%, dependendo do tipo de músculo testado; atingindo em alguns casos níveis energéticos acima de 650%.

O mais surpreendente é que quando os músculos são suplementados com D-Ribose, eles continuam a aumentar seus estoques de energia, mesmo quando estão realizando trabalho!!

Antes de este estudo ser mostrado, acreditava-se que os estoques de energia muscular eram somente recarregados no músculo em descanso.

Uma dose adequada de D-Ribose, usualmente resulta numa melhora bem rápida dos sintomas; em alguns casos dentro de poucos dias.

Se a resposta inicial não for convincente, a dose deve ser aumentada até que o paciente se sinta aliviado e com uma melhor disposição.


 

Logicamente, quanto mais doente estiver o paciente, maior e mais perceptível será sua melhora.

Pacientes com doença arterial coronariana, que cronicamente reduziram a oferta de oxigênio aos tecidos necessitam de altas dosagens, simplesmente para permitir que alguma quantidade da D-Ribose, trabalhe junto dos vasos obstruídos nas porções mais afetadas e com baixos níveis de energia do coração.

Nesses pacientes iniciamos com uma dosagem alta e monitoramos o seu progresso.


 

Assim que percebemos uma melhora acentuada, a dosagem pode ser reduzida até o ponto em que se consiga manter um bom nível de energia e qualidade de vida.

Esses pacientes, devem suplementar a D-Ribose todos os dias, o esquecimento ou interrupção do uso provocará um impacto negativo na energia celular, ocasionando a sensação de fadiga e cansaço.

Nós não sabemos os níveis ótimos para cada paciente ou condição patológica, mas nós podemos fazer algumas recomendações a respeito das dosagens:


 

  • 10 gramas (2 colheres de chá) diárias para prevenção cardiovascular, para atletas em caráter de manutenção e para pessoas saudáveis com tarefas extenuantes.


 

  • 10 a 15 gramas diárias para a maioria dos pacientes com falha cardíaca, outras formas de doença cardiovascular isquêmica, ou doença cardiovascular periférica, para pacientes se recuperando de cirurgia ou ataque cardíaco, para o tratamento de angina estável e para atletas em exercícios de alta intensidade.


 

  • 15 a 30 gramas diárias para pacientes com falha cardíaca avançada, cardiomiopatia ou angina freqüente, para indivíduos a espera de transplante cardíaco e para pessoas com fibromialgia ou doença neuromuscular.


 

As dosagens devem ser sempre divididas; para 10 gramas por dia, deve ser usado 5 gramas pela manhã e 5 gramas à tarde ou antes e depois da atividade física, para 15 gramas deve-se fazer 3 doses diárias e para 30 gramas deve-se dividir a dose em até 6 vezes.