domingo, 22 de julho de 2012

Óleo de Côco e Prevenção de Doença Cardíaca

Óleo de Côco e Prevenção de Doença Cardíaca:

Artigo editado por Bruce Fife, N.D.

- Kaunitz, H. 1986. Medium chain triglycerides (MCT) in aging and arteriosclerosis. J Environ Pathol Toxicol Oncol 6(3-4):115.

- Danesh, J. and Collins, R., 1997. Chronic infections and coronary heart disease: Is there a link? Lancet 350:430.

- Sircar, S. and Kansra, U 1998. Choice of cooking oils-myths and realities. J Indian Med Assoc 96 (10):304.
- Gaydos, C.A., 1996. Replication of Chlamydia pneumoniae in vitro in human macrophages, endothelial cells, and aortic artery smooth muscle cells. Infect Immunity 64:1614).

Artigo traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
www.suplementacaoesaude.blogspot.com


Os cientistas descobriram uma nova e poderosa arma contra doenças cardíacas. Tão surpreendente quanto possa parecer, esta nova arma é o óleo de côco. Sim, óleo de côco comum. A ingestão do óleo de côco em uma base regular pode reduzir suas chances de sofrer um ataque cardíaco!
O óleo de côco é composto de um grupo de moléculas únicas de gordura conhecidos como ácidos graxos de cadeia média (AGCM). Apesar de serem tecnicamente classificado como gorduras saturadas, essas gorduras podem realmente protegê-lo de um ataque cardíaco ou um derrame.

Embora o óleo de côco seja predominantemente uma gordura saturada, ele não tem um efeito negativo sobre o colesterol.
Natural e não hidrogenado, o óleo de côco tende a aumentar o colesterol HDL e melhorar o perfil da relação LDL/HDL. O HDL é o colesterol bom que ajuda a proteger contra doenças cardíacas. O Colesterol total, que inclui tanto o HDL (bom) e o LDL (colesterol ruím), é um indicador muito impreciso do risco de doença cardíaca. Uma forma muito mais precisa para julgar o risco de doença cardíaca é a de separar os dois tipos de colesterol. Portanto, a relação entre o ruím e o bom colesterol (LDL/HDL), é universalmente reconhecido como um indicador muito mais preciso do risco de doença cardíaca. Devido à tendência do óleo de côco para aumentar o HDL, a relação do colesterol melhora, diminuindo o risco de doença cardíaca.

As pessoas que tradicionalmente consomem grandes quantidades de óleo de côco como parte de sua dieta normal têm uma incidência muito baixa de doença cardíaca e níveis normais de colesterol no sangue. Isto tem sido bem suportado por numerosos estudos em várias população. As pesquisas mostram que as pessoas que consomem grandes quantidades de óleo de côco têm notavelmente boa saúde cardiovascular.
No início, esta observação confundiu muitos pesquisadores. Eles não reconheceram a diferença entre o AGCM presentes no óleo de côco e outras gorduras saturadas. Uma nova pesquisa, no entanto, demonstrou que as gorduras de cadeia média (TCM) do óleo de côco protegem contra as doenças cardíacas e um dia podem ainda serem utilizadas como um tratamento para a cura da doença.

Estudos na década de 1970 e 1980 indicavam que o óleo de côco é amigo do coração, mesmo sendo uma gordura saturada e por isso sempre sofrer a acusação de promover doenças cardíacas. O consumo do óleo de côco mostrou ter muitos fatores associados a um risco reduzido de doença cardíaca em comparação com outros óleos dietéticos, ou seja; níveis mais baixos de colesterol, menor deposição de gordura corporal, maior taxa de sobrevivência, tendência reduzida a formar coágulos de sangue, menor quantidade de radicais livres nas células , baixos níveis de colesterol no sangue e fígado, reservas maiores de antioxidantes celulares e uma menor incidência de doenças cardíacas em vários estudos populacionais.

A partir somente desta evidência, o óleo de côco deveria ser visto como um nutriente extremamente benéfico a saúde cardíaca. Mas há um outro fator, que é ainda mais importante, e revela como o óleo de côco não somente é benigno ao coração, como também mais um nutriente muito importante na batalha contra doenças cardíacas. Então, vamos ver porque este notável óleo pode se tornar uma nova e poderosa arma a ser usada contra doenças cardíacas.


A doença cardíaca é provocada por aterosclerose , que se manifesta pela formação de placas (ou ateromas) nas artérias. Fisiologicamente a aterosclerose se desenvolve como um resultado de lesões no revestimento interno da parede arterial. A lesão pode ser o resultado de um certo número de fatores, tais como toxinas, radicais livres, vírus, ou bactérias. Se a causa da lesão não é removida, mais danos podem ocorrer. Enquanto a irritação e a inflamação persistir o tecido responsável pela cicatrização continua a se desenvolver.

As proteínas responsáveis pela coagulação do sangue chamadas plaquetas, circulam livremente no sangue. Sempre que elas encontram uma lesão tornam-se pegajosas e aderem umas às outras no tecido danificado; atuando como um curativo para facilitar a cicatrização. Esta é a maneira como os coágulos de sangue são formados. Qualquer tipo de lesão estimula o agrupamento das plaquetas ou células de coagulação e a parede arterial a liberar fatores de crescimento que estimulam a multiplicação das células musculares no interior das paredes arteriais.

Uma mistura complexa de tecido cicatrizante, plaquetas, cálcio, colesterol e triglicerídeos são incorporados no local para curar a lesão. Esta massa de tecido constitui a placa arterial. Quando este processo ocorre na artéria coronária, que alimenta o coração, este processo é chamado de doença cardíaca coronariana, a causa mais comum de morte nos Estados Unidos.
Uma área de pesquisa que está ganhando um grande interesse é a relação entre a infecção crônica e a aterosclerose. Parece que existe uma relação de causa e efeito associado, unindo as infecções e as doenças cardíacas. A investigação recente demonstrou que certos microrganismos podem causar ou, pelo menos, estão envolvidos no desenvolvimento de placa arterial, o que leva à doença cardíaca.

Um grande número de estudos demonstram associações entre doenças do coração e infecções crônicas, tanto bacterianas quanto virais. Já em 1970 os pesquisadores identificaram o desenvolvimento de aterosclerose nas artérias de frangos quando eles foram infectados experimentalmente com o vírus da herpes. Na década de 1980 associações semelhantes foram relatadas em seres humanos infectados com um número de bactérias (por exemplo, Helicobacter pilori e Clamídia pneumoniae) e certos vírus da herpes (particularmente o citomegalovírus).

Em um estudo, por exemplo, Petra Saikku e colegas da Universidade de Helsinki na Finlândia, descobriram que 27 dos 40 pacientes de ataque cardíaco e 15 dos 30 homens com doença cardíaca, carregavam anticorpos relacionados a clamídia, que é mais comumente conhecido por causar infecções na gengiva e nos pulmões. Em comparação com indivíduos que estavam livres de doença cardíaca, apenas sete dos 41 tiveram tais anticorpos. Em outro estudo da Baylor College of Medicine em Houston Texas, pesquisadores descobriram que 70 por cento dos pacientes submetidos à cirurgia para a aterosclerose transportavam anticorpos para citomegalovírus (CMV), uma infecção respiratória comum.

Mais provas da ligação entre infecção e doença cardiovascular apareceu no início de 1990, quando os pesquisadores descobriram fragmentos de bactérias na placa arterial. Um dos primeiros a descobrir microrganismos em placas ateroscleróticas foi Muhlestein Brent, cardiologista no Hospital LDS, em Salt Lake City e da Universidade de Utah. Muhlestein e seus colegas encontraram evidências de clamídia em 79 por cento das placas retiradas das artérias coronárias de 90 pacientes com doença cardíaca. Em comparação, menos de quatro por cento dos indivíduos normais tinham evidências de clamídia nas paredes das artérias.

Estudos em animais forneceram evidências conclusivas mostrando que as bactérias podem contribuir para a inflamação crônica e formação de placas. Muhlestein mostrou que ao infectar coelhos com Clamídia, mensuravelmente engrossa as paredes arteriais dos animais. Quando os animais receberam um antibiótico para matar a Clamídia, as artérias tornaram-se novamente saudáveis.

Pelo menos um em cada dois adultos em países desenvolvidos têm anticorpos para Helicobacter pilori, Clamídia pneumoniae, ou citomegalovírus (CMV). A presença de anticorpos não indica necessariamente uma infecção ativa ou a presença de aterosclerose, mas é um sinal de que a infecção tenha ocorrido em algum momento. É comum que as infecções com esses organismos possam persistir indefinidamente. Uma vez infectado com herpes, por exemplo, o vírus permanece para a vida. A eficácia do sistema imunológico determina o grau de problemas que o vírus pode causar.


Quanto mais fraco o sistema imunológico, maior a probabilidade de uma infecção causar problemas. Quando estes microorganismos entram na corrente sanguínea e atacam a parede das artérias causando infecções crônicas de baixo grau e que não têm quaisquer sintomas perceptíveis. Como microrganismos, colonizam as paredes das artérias e causam danos para as células arteriais. Em um esforço para resolver esta situação as plaquetas sanguíneas, o colesterol e as proteínas se combinam nas paredes arteriais preparando o ambiente para a formação de placas ou aterosclerose. Enquanto a infecção e inflamação persiste a placa continua a desenvolver-se. A infecção pode tanto iniciar quanto promover o crescimento da aterosclerose nas artérias que por sua vez, conduzem a doença cardiovascular.

Você, ou qualquer outra pessoa pode ter uma infecção crônica de baixo grau, mesmo sem perceber. Isso aparentemente é o que acontece com muitas pessoas que pensam que são saudáveis, mas de repente podem ter uma surpresa desagradável como um ataque cardíaco.

Até agora, os pesquisadores não estão prontos para dizer se somente a infecção é responsável por cada caso de doença cardíaca. Outros fatores (por exemplo, os radicais livres, hipertensão arterial, diabetes, etc) também podem causar lesões na parede arterial e iniciar a formação de placas. Além disso, nem todas as infecções promovem a aterosclerose. Somente quando o sistema imunológico é incapaz de controlar a infecção, causando desta forma, uma situação de alarme.

Tudo o que pode diminuir a eficiência imunológica como qualquer doença grave, má alimentação, exposição ao fumo, stress e a falta de exercícios (ou seja, muitos dos fatores típicos de risco associados com a doença cardíaca), como também, promover o aparecimento de infecções crônicas de baixo grau e infecções que podem promover a aterosclerose. Os resultados mencionados acima sugerem que, pelo menos em alguns casos, a doença cardíaca pode ser tratada com antibióticos. Antibióticos são limitados, porque são eficientes somente contra bactérias. Portanto, infecções causadas por vírus permanecem inalteradas. No entanto, há algo que irá destruir ambas as bactérias (Helicobacter pilori e Clamídia pneumonia) e o vírus (CMV) que são frequentemente associadas com a aterosclerose; e estes são os incríveis AGCM (ácidos graxos de cadeia média ou óleo de côco). Os AGCM presentes no óleo de côco, são conhecidos por eliminar todos os três principais tipos de organismos aterogênicos.

O óleo de côco é um poderoso agente eliminador de germes e são conhecidos por matar dezenas de organismos causadores de doenças. O óleo de côco não só pode ajudar a proteger contra os germes que causam úlceras, infecções pulmonares, herpes, etc; mas também doenças cardíacas e derrames. Se você quiser evitar problemas cardíacos, você deve ingerir o óleo de côco diariamente! A doença cardíaca, derrame e aterosclerose representam quase metade do total de mortes nos Estados Unidos.

Estatisticamente, uma em cada duas pessoas que você conhece vai morrer de uma dessas condições cardiovasculares. Em países onde as pessoas consomem uma quantidade maior de óleo de côco, a doença cardiovascular é muito menos frequente. No Sri Lanka, por exemplo, onde o óleo de côco tem sido a principal gordura dietética, a taxa de morte por doença cardíaca é uma das mais baixas do mundo. Nos últimos anos, no entanto, o consumo de óleo de côco no Sri Lanka declinou, sendo esta gordura substituída por óleos
poliinsaturados e margarinas.

Consequentemente, as taxas de doenças cardíacas aumentaram. Em vários locais na Índia, onde o óleo de côco tem sido amplamente substituído por outros óleos vegetais, a doença cardiovascular está em ascensão. As pessoas foram encorajadas a mudar os seus óleos de uso tradicionais, como o óleo de côco, e desta forma, as taxas de problemas cardiovasculares começaram a aumentar.

Pesquisadores envolvidos com estudos sobre dieta e doenças cardíacas na Índia, estão agora recomendando o retorno ao óleo de côco para reduzir o risco de doença cardíaca. Essa recomendação é baseada em suas descobertas mostrando o aumento na ocorrência de doença cardíaca devido a substituição do óleo de côco por óleos vegetais comuns. Parece que, simplesmente usando óleo de côco na sua dieta diária, você pode conseguir um notável grau de proteção contra doenças cardíacas e derrames.


Nota do Nutricionista:
O Infarto do miocárdio representa um grave problema de saúde em todo o mundo.
A nutrição preventiva com o uso do óleo de côco é uma ajuda de extrema importância para evitar esta condição.
Importante em qualquer idade, e principalmente aos mais idosos, devido a maior agressão ocasionada pela idade.


terça-feira, 17 de julho de 2012

Óleo de Côco - Dupla Ação no Emagrecimento




O ÓLEO DE CÔCO REDUZ A INGESTÃO CALÓRICA E AUMENTA O GASTO ENERGÉTICO:

Artigo editado por Aaron W. Jensen – PHD

- MacIntosh CG, Morley JE, et al. Effect of exogenous cholecystokinin (CCK)-8 on food intake and plasma CCK, leptin, and insulin concentrations in older and young adults: evidence for increased CCK activity as a cause of the anorexia of aging. J Clin Endocrinol Metab 2001;86:5830-7.

- Batterham RL, Dowley MA, Small CJ, et al. Gut hormone PYY(3-36) physiologically inhibits food intake. Nature 2002;418:650-4.

Artigo traduzido pelo Nutricionista Reinaldo José Ferreira – CRN 6141
reinaldonutri@gmail.com
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Alguma vez você já se perguntou o que faz você sentir fome - por que este persistente ronco em seu estômago o leva a deixar o seu lugar confortável no sofá e devastar a geladeira por bocados tentadores? Os cientistas há muito tempo tentam entender o que impulsiona o nosso desejo por alimentos, e eles encontraram uma resposta bem simples: os hormônios.
Os hormônios são as moléculas mensageiras em nosso corpo: eles são feitos em um órgão (por vezes alguns) e viajam pela corrente sanguínea para pedir que seu corpo responda de alguma forma. No caso da fome, os hormônios produzidos no sistema digestivo viajam pelo sangue até o cérebro para se certificar de que você procurar comida e então satisfaça o seu estômago. A maioria de nós sabe muito bem o quão eficaz esses hormônios podem ser.

“Comparado com LCTs, os MCTs têm um menor teor calórico, pois eles normalmente não são armazenados nas células de gordura (e sim usados instantaneamente como fonte de energia), e ainda estimulam a termogênese através do aumento da taxa de metabolismo basal do corpo.”

Os cientistas ainda estão trabalhando nos detalhes desse complexo sistema de comunicação entre o intestino e seu cérebro, mas eles têm esbarrado em alguns dos jogadores importantes que permitem que seu corpo saiba se ele deve procurar o alimento ou ficar no sofá. Um dos hormônios mais importantes no desencadeamento da fome é chamado de grelina. Feito pelo estômago quando está vazio, a grelina envia um sinal que diz "tenho fome" para o cérebro. Os neurônios no hipotálamo (uma parte do cérebro que regula o apetite, bem como o desejo sexual e sono) respondem, instruindo o corpo em busca de alimento (o que geralmente significa uma viagem rápida para a geladeira ou virar o carro para o restaurante mais próximo.



 Bloqueando Nosso Apetite:

Claramente, se você sucumbir aos poderes da grelina muito facilmente, resultaria num sério ganho de peso. Sendo por isso muito importante termos também hormônios para colocar freios em nosso apetite e enviar o sinal "estou cheio" para o cérebro. Esses hormônios da saciedade são chamados PYY (peptídeo YY) e CCK (colecistoquinina). PYY e CCK são produzidos até o final de uma refeição e são responsáveis por dar-lhe o sentimento de satisfação completa.



 Os MCTs Ajudam a Suprimir o Apetite:

O sinal "estou saciado" é acionado de forma mais eficaz por parte de alguns alimentos do que outros. Em geral, as gorduras são os mais eficazes ingredientes dietéticos para induzir a produção de PYY e CCK, reduzindo assim o desejo de comer. Nem todas as gorduras são igualmente eficazes na supressão do apetite, entretanto os triglicerídeos de cadeia média (TCM), por exemplo, parecem ser mais eficazes do que o muito mais comum triglicerídeos de cadeia longa (TCL), quando se trata da diminuição do apetite. A inclusão de MCTs em sua dieta - na forma de óleo em saladas, para cozinhar ou mesmo puro pode contribuir de forma efetiva em sua batalha para o controle de peso.
Os MCTs são diferentes praticamente de todos os outros tipos de gorduras . Comparado com LCTs, que representam a maior parte de toda nossa ingestão de gordura, os MCTs têm um menor teor calórico; tipicamente não são armazenados nas células de gordura, e eles estimulam a termogênese (produção de energia sob a forma de calor), aumentando a taxa de metabolismo basal em nosso corpo, que é uma medida da quantidade de energia gasta na realização de funções básicas e involuntárias, tais como a respiração, a digestão, e os batimentos cardíacos.



 Os MCTs Aumentam a Saciedade:

Os MCTs trabalham por vários mecanismos diferentes para ajudar você a controlar o seu peso. Um deles está relacionado com a saciedade, o sentimento de satisfação provocado por um estômago cheio. Pesquisadores Franceses alimentaram diferentes grupos de pessoas no café da manhã que possuíam ou um baixo teor de gordura ou eram ricas em um destes vários tipos de gordura: MCTs, LCTs saturados (por exemplo, banha de porco), e LCTs insaturado (por exemplo, azeite); em seguida, eles observaram o comportamento e as respostas metabólicas para essas diferentes refeições.
Durante o estudo, todos os indivíduos eram restritos às salas que não continham sinais do tempo: eles foram mantidos sob luz artificial, sem janelas e sem dispositivos de percepção de tempo, e eles foram autorizados a pedir comida quando estivessem com fome novamente.

O período de tempo entre cada pedido de refeição (almoço e jantar) foi monitorado, assim como a quantidade de alimento (valor calórico) consumido em cada uma dessas refeições.
Os pesquisadores descobriram que os cafés da manhã com baixo teor de gordura resultaram em intervalos de tempo significativamente menores entre os pedidos de refeições do que os cafés da manhã ricos em gordura. Isto não é surpreendente, considerando que as gorduras são as melhores no desencadeamento da resposta de saciedade. Isso mostra que dietas com mais gordura induzem a uma maior saciedade e permitem que os indivíduos permaneçam mais saciados por intervalos mais longos.
“Por um período superior a sete dias, mulheres em dietas com MCTs queimaram mais de 350 calorias do que aquelas em dietas com LCTs”.

 O Uso de MCTs Resulta Numa Menor Ingestão Calórica:

A quantidade de alimento consumido pelo grupo MCT no almoço foi significativamente menor do que as quantidades consumidas por qualquer grupo LCT ou o grupo de baixo teor de gordura. O teor calórico total do almoço consumido pelo grupo MCT foi 18,4% inferior ao do grupo que usou gordura saturada-LCT, 16,5% inferior ao do grupo de baixo teor de gordura, e 5,4% menor do que a do grupo que usou gordura insaturada-LCT. Os autores concluíram que a ingestão de alimentos nestes indivíduos é inferior com o uso dos MCTs, através de um "mecanismo pós-absortivo" que aumenta a saciedade e consequentemente induz a um menor consumo de alimentos na próxima refeição.



Hormônios: A Chave para a Supressão do Apetite


Os cientistas conhecem sobre a função do hormônio CCK (colecistoquinina) por um longo período de tempo. O intestino delgado começa a secretar esta molécula no final de uma refeição e deixa o sistema digestivo começar a quebrar as gorduras (a última porção de uma refeição ao entrar no intestino proveniente do estômago). Por exemplo, CCK estimula a vesícula biliar a se contrair e liberar a bile para o intestino delgado para ajudar na digestão das gorduras. Mas isso não é tudo que ela faz. Esta também entra na corrente sanguínea e é transportada para o cérebro, onde age suprimindo o apetite. De fato, acredita-se que o problema comum de apetite reduzido em idosos, seja em parte causado por níveis elevados de CCK.

O hormônio PYY (peptídeo yy) tem recebido muito mais atenção recentemente, graças em grande parte a um artigo que apareceu no Jornal Britânico Nature. Esta pesquisa demonstrou que a injeção de PYY na corrente sanguínea de voluntários saudáveis reduziu sua ingestão de alimentos em um terço ao longo de 24 horas. PYY é normalmente produzida no trato gastrointestinal após uma refeição, e a quantidade produzida parece correlacionar-se estreitamente com a ingestão calórica total. Assim, quanto mais você come, mais você produz PYY, e menos alimento você ingere na próxima refeição. PYY pode ser um grande candidato para um suplemento inibidor do apetite, mas é provável que demore pelo menos uma década, antes que este hormônio possa ser transformado em uma terapia útil no controle de peso.






MCTs – O Melhor Tipo de Gordura

Todas as gorduras não são exatamente iguais. Sabemos que as gorduras insaturadas (as formas monoinsaturadas e poli-insaturadas) proporcionam benefícios substanciais à saúde quando comparadas com as gorduras saturadas (um exemplo é a dieta mediterrânea rica em azeite de oliva monoinsaturada). E destes, os ácidos graxos ômega-3 (ácidos graxos são precursores de gorduras) encontrados em óleos de peixes de água fria, são especialmente benéficos com relação a função mental e a saúde cardiovascular.

Todas as gorduras consistem de uma molécula de glicerol unidas a até três cadeias de hidrocarbonetos (quando três, a molécula é chamada de triglicerídeo, a forma mais comum de gordura).
Estas cadeias, de comprimento variável, são derivados de ácidos graxos, que são encontradas naturalmente nos nossos alimentos. Nosso corpo processa diferentes tipos de gorduras de forma diferente, dependendo em parte do comprimento das cadeias de hidrocarbonetos, bem como do seu grau de saturação com átomos de hidrogênio. A maioria das gorduras dietéticas, tais como aquelas mencionadas acima, são triglicerídeos de cadeia longa (LCTs), com cadeias de hidrocarboneto contendo tipicamente 14 a 22 átomos de carbono.

Os Triglicerídeos de cadeia média (MCTs) são menores, com cadeias de 6 a 12 átomos de carbono, mas com uma preponderância forte por cadeias de 8 a 10 carbonos. Os MCTs são mais fáceis para o corpo digerir - eles podem ser absorvidos diretamente a partir do intestino e então, são enviados para o fígado onde ocorre um rápido processamento e assimilação. Em contraste, os LCTs devem ser submetido a enzimas digestivas no intestino, convertido a uma nova forma nas células intestinais, e incorporado a mecanismos de transportes moleculares, para somente então, chegar ao fígado para o processamento. Isto ajuda a explicar por que razão os MCTs são uma boa fonte de gordura para as pessoas com síndrome de má absorção, onde as gorduras comuns dos alimentos são mal absorvidas pelo corpo, devido a várias disfunções do pâncreas, fígado, sistema digestivo e sistema linfático.

Outra diferença importante entre o MCT e LCT é que os MCTs são menos ricos em energia do que seus primos de cadeia longa. Isto significa que se você consumiu as mesmas quantidades de MCTs e LCT, você estaria recebendo menas calorias dos MCTs, visto que, os MCTs fornecem 8.2 calorias por grama de gordura, contra 9 calorias dos LCT (uma redução de 9%) . Com passar do tempo, esse maior conteúdo calórico (no caso do LCT) pode fazer uma grande diferença.
Em termos de controlo de peso, estes resultados são interessantes, sugerindo que os MCTs podem desempenhar um papel significativo na supressão do apetite.

 Os MCTs Aumentam o Gasto Energético:

Estudos mais longos com MCTs também foram realizados; mas com diferentes objetivos em mente. Pesquisadores canadenses focaram sua pesquisa no gasto energético de indivíduos mantidos em dietas ricas em MCT ou LCT, eles investigaram o impacto dos MCTs em 12 mulheres não obesas na fase de pré-menopausa durante um período de 2 semanas. Durante 14 dias seguidos, todas as mulheres foram alimentadas com os mesmos tipos de alimentos, mas as refeições num grupo foram preparadas com LCTs, enquanto as refeições do outro grupo foram preparadas com os MCTs. Essa foi a única diferença, e a quantidade total de alimentos servidos foi a mesma para ambos os grupos.

No sétimo e no décimo quarto dia do experimento, os pesquisadores registraram o gasto energético total e a taxa de metabolismo basal das mulheres envolvidas no estudo. Já no sétimo dia, ambas as medidas foram significativamente maiores no grupo que usou o MCT: a taxa de metabolismo basal tinha aumentado 4,4%, e o gasto energético total cresceu 3,1%.
Para colocar isto em perspectiva real, a quantidade de energia gasta teve um aumento de 52 e 45 calorias por dia, respectivamente. Durante o período de sete dias, as mulheres que seguiram a dieta com MCT queimaram 350 calorias a mais do que aquelas na dieta com LCT. Este aumento no gasto calórico deve-se unicamente a diferenças do tipo de gordura da dieta, e não a qualquer outro fator, como por exemplo, o aumento de atividade física.


 MCTs – Uma Receita para o Sucesso:

Num mercado que cultua dietas milagrosas, perda de peso da noite para o dia e "abdominais rasgados" sem o incômodo de exercícios; os resultados acima podem parecer banais. Mas quando você somar todos os benefícios individuais dos MCTs; torna-se claro que a inclusão deste tipo de gordura na sua dieta pode oferecer benefícios significativos. Considere por exemplo, que os MCTs têm um menor teor calórico do que LCTs numa base de peso por peso; eles podem reduzir a ingestão de alimentos em geral num curto espaço de tempo (diminuição do apetite), e ainda aumentam a taxa pela qual seu corpo queima calorias. Isso soa como uma receita para o sucesso; e todos nós podemos nos beneficiar nesta velha batalha contra o aumento da linha de cintura.

O MCT pode ser incorporado na sua dieta principalmente em saladas.
Deve ser utilizado, no entanto, como um óleo suplementar, e não como um óleo de substituição. Recomendamos uma porção de 1 a 3 colheres de sobremesa ou de sopa por dia.
Grandes quantidades de MCT podem resultar em desconforto gástrico e diarréia. Doses de mais de 5 colheres de sopa tomadas de uma só vez podem resultar em cólicas intestinais intensas. Comece com 1 colher de sobremesa de MCT e lentamente aumente a quantidade durante vários dias até o nível desejado em sua dieta.



“Dr. Jensen é um biólogo celular e tem conduzido pesquisas na Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos. Também ministra cursos universitários de biologia e nutrição e escreve extensamente sobre tópicos médicos e científicos”.

Nota do Nutricionista:

Meu objetivo como profissional de saúde é transmitir informação com embasamento científico.
Na maioria das vezes, isto não acontece nos meios de comunicação e as informações erradas ficam gravadas na mente das pessoas; impedindo que ela possa se beneficiar deste ou daquele suplemento.